quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Outlaw - 1x01 Pilot

Por Giovanna Garcez

Discursos inflamados sobre justiça, reviravoltas, briga de egos, política, pitadas de humor e um protagonista pouco carismático. Assim foi o piloto de Outlaw que estreou semana passada na NBC.

Tudo parece fácil demais em Outlaw. Cyrus Garza (Jimmy Smits) é um playboy viciado em apostas, e nas horas vagas Juiz da Suprema Corte, alias o mais "certinho" deles quando o assunto é a interpretação das leis. Mas basta transar com uma jovem que o enfrentou em uma manifestação, e cujo nome ele nem sabe, para que as memórias de seu pai, falecido em um acidente de carro, venham à tona. Seu pai dizia que ele estava errado, e que no fundo ele sabia disso.

E que venha a Era de Aquário!

Cyrus larga o cargo na Suprema Corte, mas antes disso, aprova o recurso de um advogado cujo cliente, considerado culpado da acusação de assassinato de uma policial 11 anos atrás, havia sido condenado a pena de morte, em um julgamento um tanto quanto suspeito. Não contente em revoltar tanto os políticos, quanto parte da população com sua decisão, para completar a festa, após pedir demissão Cyrus assume o caso, e toma como sua primeira missão em busca da verdadeira justiça livrar o cara da condenação.

O que mais incomoda em tudo isso é que criaram um arco extremamente dramático, mas ele não foi explorado, pois tudo isso que eu contei até agora acontece nos primeiros minutos, e por isso soa tão absurda a decisão de Cyrus. Tirando a introdução desnecessariamente acelerada da mudança de hábito do cara, o caso em si até foi interessante, embora previsível.

O elenco de apoio foi, de longe, mais eficiente que o protagonista, principalmente a Detetive Particular Lucinda Pearl (Carly Pope) que se destaca com suas piadas apimentadas e métodos nada ortodoxos de conseguir informações, o que leva a loucura Eddie Franks (Jesse Bradford) assistente de Cyrus. Para completar o time temos Mereta Stockman (Ellen Woglom), a outra assistente, que vivencia dois "dramas": o questionamento do real motivo por que fora contratada, e a paixão platônica pelo chefe, que alias rendeu uma das melhores cenas da série.

Não me entendam mal caros leitores, a série não foi de todo o mal, e minha volta aos tribunais foi interessante, mas para quem já assistiu alguns episódios excelentes de Law & Order (impossível você não fazer isso quando o Universal Channel te enfia "goela a baixo" a série) e principalmente Close To Home, Outlaw deixou a desejar em termos de seriedade, pecando no excesso de força para tornar Cyrus um sujeito descolado. Com alguns retoques no roteiro, e casos com um desfecho mais surpreendente, a série tem potencial para atingir essa parcela de público órfã de tribunais. Aguardemos.

1 comentários:

achei bem fraquinha, muito mais do mesmo. :S

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